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Mononucleose

Mononucleose? Febre do beijo? Doença do beijo?

Publicado em
14/6/2022
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Quais os sintomas ? Ela pega ? Tem cura? Respondemos a essas e outras dúvidas populares sobre a doença.

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A mononucleose, também conhecida como doença do beijo, mononucleose infecciosa ou mono, é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr, transmitido através da saliva, que provoca sintomas como febre alta, dor e inflamação da garganta, placas esbranquiçadas na garganta e ínguas no pescoço.

Este vírus pode provocar infecção em qualquer idade, mas é mais comum causar sintomas apenas em adolescentes e adultos, sendo que as crianças normalmente não apresentam sintomas e, por isso, não precisam de tratamento. Embora a mononucleose não tenha um tratamento específico, tem cura e desaparece após 1 ou 2 semanas. O único tratamento recomendado inclui repouso, ingestão de líquidos e uso de remédios para aliviar os sintomas e acelerar a recuperação da pessoa.

Doença do beijo ?

Apesar de ser conhecida popularmente como a febre do beijo, o nome popular está relacionado à principal forma de contágio da doença: a saliva. Então, além do beijo, é possível ser exposto ao vírus por meio de tosse e espirro de pessoas infectadas, ou também pelo compartilhamento de copos e talheres.

Sintomas da Mononucleose

Os sintomas de mononucleose podem aparecer 4 a 6 semanas após o contato com o vírus, no entanto esse período de incubação pode ser menor de acordo com o sistema imunológico da pessoa. Os principais sintomaS indicativos de mononucleose são:

  1. Presença de placas esbranquiçadas na boca, língua e/ou na garganta;
  2. Dor de cabeça constante;
  3. Febre alta;
  4. Dor de garganta;
  5. Cansaço excessivo;
  6. Mal estar geral;
  7. Aparecimento de ínguas no pescoço.

Os sintomas de mononucleose podem ser facilmente confundidos com gripe ou resfriado, por isso caso os sintomas durem mais de 2 semanas, é importante ir ao clínico geral ou infectologista para que seja feita a avaliação e possa se chegar ao diagnóstico.

Mononucleose Infantil

Nas crianças, a mononucleose é muitas vezes assintomática, o que significa que apresenta poucos ou nenhuns sintomas. Frequentemente, as crianças apenas apresentam alguns sintomas de constipação, ou febre ligeira a moderada, a qual pode durar até duas semanas e não é perigosa.

A mononucleose apresenta sintomas nos adolescentes e nos adultos jovens, os quais podem englobar:

  • garganta muito inflamada
  • cansaço, perda de energia e dores no corpo
  • amígdalas protuberantes e vermelhas cobertas de pus semelhante ao cottage cheese
  • gânglios inchados no pescoço, sovacos, virilhas e outras partes do corpo
  • febre durante 7 a 14 dias
  • dilatação do baço
  • ligeira dilatação do fígado
  • erupção cutânea

A maioria das crianças apenas apresenta sintomas ligeiros durante uma semana. Mesmo as que têm sintomas acentuados, acabam muitas vezes por se sentir plenamente bem em duas a quatro semanas.

Tratamento da Mononucleose

Não existe um tratamento específico para a mononucleose, uma vez que o corpo é capaz de eliminar o vírus. No entanto, é recomendado ficar de repouso e ingerir muitos líquidos, como água, chás ou sucos naturais para acelerar o processo de recuperação e evitar o surgimento de complicações, como inflamação do fígado ou aumento do baço.

No entanto, em alguns casos, o médico pode optar por indicar medicamentos para alívio dos sintomas, podendo ser recomendado o uso de analgésicos e antipiréticos, como Paracetamol ou Dipirona, para aliviar a dor de cabeça e o cansaço, ou anti-inflamatórios, como o Ibuprofeno ou o Diclofenaco, para aliviar a dor de garganta e reduzir as ínguas. No caso de surgirem outras infecções, como amigdalite, por exemplo, o médico pode ainda indicar o uso de antibióticos, como a Amoxicilina ou Penicilina.

Existe Vacina para a Mononucleose?

Não existem vacinas para prevenir a mononucleose.

Como se dá a transmissão da Mononucleose

Como se pega mononucleose

A mononucleose é uma doença que pode ser facilmente transmitida de uma pessoa para outra por meio da saliva, principalmente, sendo o beijo a forma mais comum de transmissão. No entanto, o vírus pode ser espalhado no ar através de gotículas que são liberadas no espirro e na tosse.

Além disso, a partilha de copos ou talheres com uma pessoa infectada também pode levar ao surgimento da doença.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da mononucleose é feito através da avaliação pelo médico dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa. Os exames laboratoriais só são indicados quando os sintomas são pouco específicos ou quando é necessário realizar o diagnóstico diferencial com outras doenças causadas por vírus.

Assim, pode ser indicada a realização do hemograma, em que pode ser observada linfocitose, presença de linfócitos atípicos e diminuição do número de neutrófilos e plaquetas. Para confirmação do diagnóstico, é recomendada a pesquisa de anticorpos específicos presentes circulantes no sangue contra o vírus responsável pela mononucleose.

Possíveis complicações

As complicações da mononucleose são mais comuns em pessoas que não fazem o tratamento adequado ou que apresentam um sistema imune enfraquecido, permitindo que o vírus se desenvolva mais. Estas complicações normalmente incluem o aumento do baço e inflamação do fígado. Nestes casos, é comum o surgimento de dores intensas na barriga e inchaço do abdômen e é recomendado consultar um clínico geral para iniciar o tratamento adequado.

Além disso, podem ainda surgir complicações mais raras como anemia, inflamação do coração ou infecções no sistema nervoso central, como meningite.

Prevenção da Mononucleose

  • Lave bem as mãos
  • Não compartilhe talheres, comidas e bebidas
  • Não tossir ou espirrar perto de outras pessoas: se não for possível, coloque o rosto contra um objeto de forma que crie uma barreira

Como toda doença de transmissão respiratória, há medidas de precaução que devem ser adotadas, entre as quais, lavar as mãos com frequência, usar álcool gel nas mãos, cobrir a boca e o nariz ao espirrar para evitar que as secreções expelidas entrem em contato com o ambiente e evitar locais de grande aglomeração pouco ventilados.

Mononucleose tem cura ? Pode voltar ?

Apesar da crença popular, a mononucleose não é muito contagiosa. Os indivíduos que habitam o mesmo lar raramente adoecem ao mesmo tempo. É mais frequente a infecção ocorrer em indivíduos dos 15 aos 25 anos de idade, talvez devido a um contacto mais íntimo ou estreito. Na maioria dos indivíduos, a infecção pelo VEB ocorre geralmente durante a primeira ou a segunda infância, sem haver sinais característicos de a mononucleose se estar a desenvolver.

Procure um Infectologista

Caso você apresente os sintomas procure atendimento médico para realizar o diagnóstico precoce da doença e, assim, diminuir os riscos de complicações.  

É importante destacar que o diagnóstico errado pode prejudicar muito a vida do paciente – influenciando totalmente em sua qualidade de vida. Entretanto, se o diagnóstico for feito corretamente a doença pode ser tratada com facilidade.

IMPORTANTE: Somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis aqui possuem apenas caráter educativo.
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