O vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da aids, não tem cura. Porém, diferente do cenário de décadas atrás, hoje existem medicamentos seguros e tratamentos avançados que proporcionam ao paciente uma qualidade de vida praticamente normal.
Pessoas que vivem com HIV podem engravidar desde que estejam com a carga viral indetectável – quando o tratamento é capaz de reduzir a quantidade de vírus no sangue de forma que ele não é mais detectado por meio de testes laboratoriais padrão.
Com os devidos cuidados, é possível ter uma gravidez saudável e evitar a transmissão vertical (transmissão da mãe para o bebê durante a gestação ou o parto).
A gestação em si não representa um risco maior para a gestante e nem para a criança, desde que a mãe tenha a carga viral no sangue negativa. Para isso, ela deve tomar rigorosamente os medicamentos antirretrovirais e ter o CD4 alto (CD4 são células do sistema imunológico que são alvo do HIV).
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado, feito com o uso dos medicamentos antirretrovirais, previnem a transmissão vertical e permitem que o bebê nasça saudável. O tratamento deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico.
Mesmo após o contato do vírus, a pessoa pode viver por anos sem saber que tem HIV, já que os sintomas só aparecem quando o vírus causa aids. Por isso, é possível que algumas gestantes só recebam o diagnóstico durante a gravidez, quando é realizada a testagem. Após o diagnóstico, o tratamento com antirretrovirais deve ser iniciado imediatamente, e a gestante deve seguir o protocolo indicado pelo médico. Vale destacar que no Brasil o tratamento para HIV está disponível para todas as pessoas no SUS.
A testagem do HIV deve ser realizada no início do pré-natal, repetida no terceiro trimestre e na hora do parto. Durante a gravidez ainda é importante realizar o teste para outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como a sífilis e a hepatite B, que também podem ser transmitidas durante o parto.
O pré-natal deve ser iniciado assim que a gravidez for descoberta, e o médico que a acompanha a gestante deve ser informado sobre a sua condição para realizar o acompanhamento com segurança para mãe e bebê.
Sim. Gestantes com HIV podem ter parto vaginal, desde que sua carga viral no sangue se mantenha não detectada, pois a transmissão também é possível durante o parto.
Sim. Após o nascimento, o bebê pode receber diferentes esquemas de antirretrovirais temporariamente, a depender da condição viral da mãe. Normalmente, o acompanhamento é feito até um ano e meio de vida.
Não. O vírus pode ser transmitido através do leite materno e, por isso, a amamentação é contraindicada para quem vive com HIV, mesmo que a carga viral esteja negativa.
Caso você apresente os sintomas procure atendimento médico para realizar o diagnóstico precoce da doença e, assim, diminuir os riscos de complicações.
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