O herpes zoster, também conhecido popularmente como cobreiro, é uma infecção viral causada pelo vírus Varicela zoster (Herpesvírus humano tipo 3), o mesmo vírus causador da catapora. Enquanto a catapora costuma ocorrer na infância, o herpes zoster aparece principalmente nos adultos e idosos, pois é quando o vírus apresenta uma reativação.
Depois que a pessoa se contamina com o vírus varicela zoster e desenvolve a catapora, esse mesmo vírus pode ficar latente por anos, nos gânglios do sistema nervoso. Em algum momento ele pode reativar, causando o herpes zoster.
A reativação deste vírus, pode acontecer por alguns motivos, sendo a baixa imunidade, um importante deles. Por isso é mais comum em idosos, que naturalmente apresentam uma redução da imunidade ao vírus.Entretanto, vem crescendo o número de registros de pessoas mais jovens desenvolvendo herpes zoster, por uma queda na imunidade, associada a fatores como o estresse do dia a dia.
Quem já teve catapora, independente da idade, precisa ter cuidado e atenção caso apareçam os sintomas, pois poderão desenvolver a herpes zoster em algum momento da vida, podendo ocorrer inclusive, mais de uma vez.
A principal diferença entre a catapora e herpes zoster é que a primeira apresenta lesões, polimórficas, ou seja, de diferentes formas, em todo o corpo, enquanto a segunda apresenta lesões vesiculares, numa parte específica, correspondente a um nervo onde o vírus está alojado.
Se um adulto que nunca teve catapora, tem contato com alguém infectado pelo vírus, essa pessoa poderá se contaminar e irá desenvolver primeiro a catapora.
É importante entender que não se pega herpes zoster e sim o vírus varicela-zóster. A transmissão do vírus ocorre de pessoa para pessoa, por meio de contato direto com a pele ou secreções respiratórias. É mais comum na catapora do que na herpes zoster.
O contato direto com o fluido na erupção das bolhas pode espalhar o vírus varicela zoster para pessoas que nunca tiveram varicela ou nunca receberam a vacina contra a varicela. Quando a lesão vesicular da herpes zoster é coberta, menor chance de disseminar o vírus.
Crianças e adultos que nunca tiveram catapora devem manter distância de quem está contaminado com a catapora e herpes zoster, evitando também contato com objetos pessoais, roupas de cama, entre outros.
Entre os maiores fatores de risco da herpes zoster, estão:
O Centro de Controle e Prevenção de Doença dos Estados Unidos (CDC) afirma que uma em cada três pessoas desenvolverão herpes zoster em algum momento da vida.
Antes do aparecimento da erupção das vesículas, a pessoa pode apresentar dor, coceira ou formigamento na área onde ela se desenvolve. Isso pode acontecer vários dias antes do aparecimento da lesão e a dor pode persistir por semanas ou meses após sua melhora.
Essas vesículas costumam se agrupar, seguir um dermátomo (“faixa”) pelo corpo, e apresentam um líquido que contém o vírus varicela zoster. Elas são parecidas com as da infecção por herpes simples. As regiões mais comumente afetadas são tronco, face e membros.
O diagnóstico clínico é geralmente feito por meio da história clínica e análise das lesões, não sendo necessários exames complementares. Em casos com apresentações menos típicas, como em pessoas com sistema imunológico suprimido, exames complementares podem ajudar.
A reação em cadeia da polimerase (PCR) é o teste mais útil para confirmar casos atípicos.
O tratamento para herpes zoster é feito com o objetivo de reduzir a duração da doença, limitar sua extensão e gravidade, assim como prevenir suas complicações.
O tratamento mais indicado é por meio de antivirais, que devem ser iniciados precocemente, assim como analgésicos, para alívio da dor. Lembrando sempre que a medicação varia de acordo com cada caso e deve sempre ser prescrita por um médico.
Se houver aparecimento de lesões na região de face, acometendo nariz e olhos, por exemplo, é necessária avaliação médica precoce, pela possível necessidade de medicação por via intravenosa.
Para se prevenir, primeiro é importante tomar a vacina contra a catapora, a vacina Varicela, ou a vacina Tetravalente Viral (que além de proteger contra a catapora, protege também contra sarampo, caxumba e rubéola).
As pessoas que já tiveram catapora e têm contato com alguém contaminado pelo herpes zoster, estão protegidas e não correm o risco de pegar o vírus novamente.
Aprovada pela Anvisa e em circulação no Brasil desde 2014, a vacina herpes zoster é a Zostavax e deve ser ministrada em uma única dose, via subcutânea.
Liberada para aplicação em pessoas com idade acima de 50 anos e recomendada como rotina para pessoas acima dos 60 anos. Além de reduzir o risco de desenvolver a doença, a vacina ajuda a prevenir contra maiores complicações causadas, como a neuralgia pós-herpética, por exemplo. A vacina Zostavax existe apenas nas redes particulares.
Uma das complicações mais comuns que costuma atingir quem tem mais de 60 anos é a neuralgia pós-herpética. Ela causa forte dor, sensibilidade ao toque, forte sensação de coceira na região afetada e pode durar semanas a meses após o desaparecimento das lesões.
Em casos mais graves, a doença pode causar meningite, cegueira ou surdez, caso atinja os nervos oculares ou auditivos, podendo, em raros casos, levar a óbito.
Caso você apresente os sintomas procure atendimento médico para realizar o diagnóstico precoce da doença e, assim, diminuir os riscos de complicações.
É importante destacar que o diagnóstico errado pode prejudicar muito a vida do paciente – influenciando totalmente em sua qualidade de vida. Entretanto, se o diagnóstico for feito corretamente a doença pode ser tratada com facilidade.
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